quinta-feira, 20 de novembro de 2008

POEMA DE MÁRIO BARRETO FRANÇA


CITAÇÃO DE HOJE: "O ESPREMER DO LEITE PRODUZ A MANTEIGA, E O ESPREMER DO NARIZ
PRODUZ SANGUE, E O ESPREMER DA IRA PRODUZ CONTENDA." Pv.30:33

Quando disponibilizamos o nosso tempo para a "Seaara", o nosso Deus abre portas que, às vezes achamos que são intransponíveis,para que façamos a obra. Não importa o canal que utilizamos para anunciarmos as Boas Novas do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O importante é falarmos do seu imenso amor e da sua infinita misericórdia para cada um de nós.
Baseada neste propósito, encontrei-me aqui, por acaso... e de repente Ele tem concedido a mim, sabedoria e discernimento para anunciá-lo como a nossa "ÚNICA ESPERANÇA" e manifestado a Sua graça, atribuindo-me júbilos, como por exemplo, os póemas de MÁRIO BARRETO FRANÇA, que levou-me ao delírio pelas recordações da minha infância.
AO ÚNICO DEUS, SALVADOR NOSSO, POR JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR, SEJA GLÓRIA E MAJESTADE, DOMÍNIO E PODER, ANTES DE TODOS OS SÉCULOS, AGORA, E PARA TODO O SEMPRE. AMÉM.

O POUCO COM DEUS VALE MUITO



Certa vez, uma viúva ao profeta Eliseu

foi, chorando, dizer: - "Meu marido morreu.

Tu bem sabes que ele era obediente ao Senhor

consagrado ao Serviço, audaz trabalhador,

em toda e qualquer parte, ao sol, ao vento, à chuva,

era o amparo do órfão e o arrimo da viúva,

da criança era um pai, das mães um filho amigo

aconselhava o bem, prevenia o perigo;

e pelo seu viver pacífico e ordeiro

de todos era o guia, o mestre e o conselheiro.

Se acaso alguém caía, em meio à tentação,

para erguê-lo, sereno, ele estendia a mão.

Sorria com o feliz, chorava com o inditoso

e para o fraco e o pobre ele era generoso.

Porém, Deus o levou; e neste mundo avaro

com dois filhos fiquei jogada ao desamparo.

Por ele querer sempre a todos ajudar

só dívidas deixou, sem meios de as pagar;

E os credores, agora, injustos, maus e ignaros

vieram para levar meus filhos como escravos.

Mas, sem eles, senhor, como é que eu vou viver?

Tem piedade de nós e vem nos socorrer!"



Comoveu-se o profeta; e, pra provar-lhe a fé,

perguntou-lhe, ajudando-a a se firmar de pé:

- "Que te posso eu fazer? Que tens em tua casa?"

- "Tua serva só tem uma botija rasa

de azeite, nada mais!" (Disse ela humildemente).

Do profeta esperando a solução urgente.



E ele fala, ao notar-lhe a fé, sem fantasias:

- "Anda! E aos vizinhos pede as vasilhas vazias!

Não poucas! E em teu lar com teus filhos, em suma,

com o azeite da botija enche-as, uma por uma!"



A viúva, agradecida, e cheia de esperança,

a tão bendito afã apressada se lança.

Fez como o homem de Deus houvera lhe ordenado

e quando o último vaso encheu e o pôs de lado

o azeite da botija, instantâneo, parou...



Aleluia! Foi Deus que o milagre operou!

Foi ele que através do seu profeta santo

resolveu seu problema e estancou o seu pranto!

E a viúva entendeu, feliz como ninguém

que com Deus, vale muito o pouco que se tem.

Aleluia! O Senhor não se esquece do pobre,

pois sua santa mão de dádivas o cobre.

Ele dá sua ajuda e amparo ao desvalido,

consola o triste e aflito, atende ao seu pedido

na justa ocasião, no momento propício,

sem deles exigir o menor sacrifício.

Ele não fecha o ouvido a quem necessitado,

lhe pede a proteção e a bênção do cuidado!

Se alguém algo lhe pede e não obtém resposta

é porque seu pedido injusto a Deus desgosta.

Ele dá o que for direito e necessário

não pra deleite humano e gasto perdulário;

mas para que cada alma, isenta de discórdia,

exalte com amor sua misericórdia.



E a viúva voltou a falar com o profeta,

tendo de gratidão e amor a alma repleta:

- "Senhor eu procedi conforme o teu mandado.

Agora, o que farei do azeite envasilhado?"



- "Vai logo, e vende-o bem! (Ordena o homem de Deus)

Tua dívidas paga! E tu com os filhos teus

vivei do que restar! Mas testemunho dai

do poder salvador do vosso Deus e Pai!"



Aleluia ao Senhor! Que nos sirva a lição

de que o pouco com Deus vale mais que um milhão!

Com Ele um galho só transformar-se em floresta

e a alma que se arrepende enfeita o céu de festa -

num presépio em Belém, um Natal foi prenúncio de glória

e um mártir na cruz deu novo rumo à História.

De um túmulo vazio a salvação dimana

e a sagração da crença honra a pessoa humana.

Entre nobre e plebeu, entre tribo e nação

o Evangelho do amor nunca faz distinção.

A mulher, a criança, o servo e o estrangeiro

tem tratamento justo e igual no mundo inteiro.

Quer no campo ou no lar, quer na pena ou no malho,

a humanidade exalta o valor do trabalho.



- "Aleluia ao Senhor!" Ergamos nosso brados

e não ficamos sós e nem abandonados!

Abramos a nossa alma à luz celestial

pois o pouco com Deus vale muito, afinal!
F I M.

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